Controle de Ovulação com Ecografia Seriada (Ovulograma)


Exame para avaliação da pelves através do canal vaginal.  Tem como objetivo o acompanhamento das alterações ovarianas e uterinas relacionadas à ovulação, a avaliar a ocorrência ou não, assim como o período em que a mesma ocorrerá.  Não é necessário preparo.  A bexiga deve estar vazia.

 

Esse exame é indicado, para tratamentos de fertilidade, como coito programado, ou mesmo, para quem quer aumentar as chances de engravidar e, principalmente, para paciente que esta a fazer medicação de indutor da ovulação. 

 

A finalidade é acompanhar o crescimento dos folículos (estruturas no interior dos ovários que sofrem ação hormonal produzindo os óvulos) até o rompimento dos mesmos (ovulação), bem como avaliar o endométrio (porção interna do útero) e a presença de muco no canal do colo uterino.  Com este exame, o médico que esta a realizar a ecografia, consegue indicar os dias certos para ter relação sexual com a finalidade de engravidar.

 

O controle é feito por ecografias transvaginais seriadas.  São realizadas ecografias em dias alternados durante o período fértil.  O ideal é iniciar o controle no 10º dia do ciclo menstrual, para as pacientes que possuem um ciclo entre 28 até 32 dias, e faz-se uma ecografia a cada 2 dias até o dia que se vê a “cicatriz” da ovulação.  Em um ciclo de 28 até 32 dias, entre o 10º e o 12º dia já devem estar presentes folículos dominantes, ou seja, folículos com com 10 mm ou mais. 

 

Para conseguir engravidar é necessário ter pelo menos um folículo dominante e um endométrio receptivo, ou seja, com uma espessura suficiente para receber o óvulo. 

 

Os folículos crescem em média 2 mm por dia, e o endométrio entre 1 e 2 mm/dia, sendo que a espessura ideal do endométrio no dia da ovulação encontra-se  entre 7 a 15 mm, e com o indutor ovulatório entre 6 a 15 mm.  O endométrio deve estar com aspecto trilaminar a ecografia, ou seja, três camadas visíveis a ecografia, para que seja possível a ocorrência  da nidação (fixação do óvulo no útero).

 

Os folículos rompem em média entre 18 e 23 mm em seu maior diâmetro, e quando se utiliza medicamentos para ovulação, a tendência é chegar até uma média de 28 mm a 35 mm.  Geralmente, apenas um folículo eclode, e os remanescentes não evoluem ou regridem ou são eliminados.  Quando o folículo rompe, gera o corpo Lúteo, uma “cicatriz”.  Então, se a “cicatriz” estiver no ovário direito, significa que a ovulação ocorreu no lado direito, e se estiver no ovário esquerdo significa que a ovulação ocorreu lado esquerdo. 

 

Para ter um corpo Lúteo, tem que ter havido ovulação.  Para visualizar o corpo Lúteo na ecografia, é necessário que o aparelho tenha o modo Doppler, senão o corpo Lúteo não é visível de forma especifica e pode ser confundido com outras entidades patológicas ovarianas. 

 

O corpo Lúteo aparece logo após a ovulação e fica presente até a próxima menstruação, ou em caso de uma gestação, fica presente até a formação da placenta até mais ou menos as 12 semanas.  É o corpo Lúteo, quem produz a progesterona, o que causa um aumento na temperatura basal.  Se houver gravidez, o corpo Lúteo vai ficar “vivo” a produzir progesterona até a formação da placenta alimentando o embrião.  Se não houver gravidez, o corpo Lúteo vai deixar de produzir progesterona e vai sinalizar a hora de menstruar.

 

Para um casal sem problemas de infertilidade e esta a tentar engravidar, as chances é de 20% a cada ciclo menstrual.  Por mais que ocorra a ovulação as chances são 1 em 5 de se ter sucesso.  

 

Caso o um dos pretendes a serem pais terem algum problema como espermatozóides fracos ou em pouca quantidade; ciclos sem ovulação; útero com nódulos miomatosos a obstruir as trompas ou com componente submucoso; ou entidades patológicas endometriais (Infertilidade por causa endometrial), a percentagem de sucesso é inferior a 20%.

 

Teoricamente é considerado infértil o casal que não tem êxito decorrido 1 ano de relações sexuais (mínimo de 3 vezes semanais) sem método de anticoncepção.  Nesses casos, se propõe uma investigação com intuito diagnóstico e a escolha do melhor tratamento.  Lembre-se, que uma vez com utero e ovários, a mulher sempre tem chance de engravidar, mesmo que as mesmas sejam pequenas.